ABORDAGENS INOVADORAS
Morhan vai a cinco estados sensibilizar profissionais, serviços e lideranças para a defesa dos direitos das pessoas atingidas pela hanseníase
Na segunda etapa do projeto Abordagens Inovadoras para intensificar esforços para um Brasil livre de Hanseníase, integrantes do movimento retornam a municípios estratégicos
Neste mês de abril, o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) está retornando a municípios que fazem parte do projeto Abordagens Inovadoras para intensificar esforços para um Brasil livre de Hanseníase, uma parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS-OMS), e apoio da Fundação NIPPON, do Japão. Integrantes do movimento estão, desdo o início do mês, promovendo ações nos municípios de São José de Ribamar e São Luis (Maranhão), Teresina e Parnaíba (Piauí), Araguaina e Gurupi (Tocantins), Belém e Marabá (Pará) e Cuiabá (Mato Grosso).
Participam desta etapa os voluntários Artur Custódio, Bil Souza, Brenda Menezes, Clodis Tavares, Edimilson Picanço, Faustino Pinto, Flavio de Farias, Francilene Mesquita, Leila Lima, Lucimar Batista, Pollyane Medeiros e Thiago Flores.
Por práticas não discriminatórias e pela garantia de direitos
Nessa 2ª etapa, o objetivo é sensibilizar assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde e outros profissionais das equipes de Saúde da Família, para a importância da adoção de práticas não discriminatórias às pessoas atingidas pela hanseníase, influenciando um atendimento pautado na dignidade e nos direitos humanos junto aos serviços de Saúde e Assistência Social. Além disto, serão incentivadas ações de advocacy entre lideranças e profissionais de saúde. Trata-se de uma prática política promovida no interior das instituições públicas, que reivindica direitos – no caso, os direitos das pessoas atingidas pela hanseníase – com a intenção de influenciar a formulação de políticas públicas que atendam às necessidades da população.
Já o município de Recife está recebendo ainda as ações da primeira etapa do projeto, com a participação dos integrantes do Morhan Lucimar Batista, Bil Souza, Pedro e Reinaldo Matos. A primeira fase inclui ações de mobilização social e mutirões de atendimento para detecção de casos e encaminhamento ao tratamento.
Mais sobre o projeto
Os municípios escolhidos para a realização do projeto foram selecionados pelo elevado número de casos novos em crianças e pela disponibilidade de serviços, de profissionais de saúde e intervenção pedagógica. As cidades que registram maior número de casos: São Luís/ MA, 1º no ranking de números de casos novos de hanseníase em crianças em relação ao restante do país; 2º Recife/PE; 3º Olinda/PE; 5º Marabá/PA; 8º Teresina/PI; 11º Cuiabá/MT; 12º Jaboatão dos Guararapes/PE; 17º Palmas/TO; 23º Belém/PA; 29º São José do Ribamar/MA; 31º Araguaína/TO; 54º Cabo de Santo Agostinho/PE; 61º Paço do Lumiar/MA; 66º Gurupi/TO; 85º Porto Nacional/TO; 105º Paulista/PE; 189º Floriano/PI; 300º Parnaíba/PI; 435º Alcântara/MA; 1.698º Raposa/MA.
O objetivo do Projeto é diminuir a carga de hanseníase nas cidades selecionadas, com a ampliação do trabalho da detecção de casos novos; promoção da educação permanente para os profissionais da Atenção Primária à Saúde; fortalecimento dos centros de referência; redução da proporção de casos novos com Grau 2 de incapacidade física - GIF2 (ou seja: com apresentação de sequelas como garras em mãos e/ou pés e atrofia muscular), por meio do diagnóstico precoce e ações de prevenção de incapacidades; e enfrentamento do estigma e discriminação contra as pessoas acometidas pela doença.
Os números da hanseníase no Brasil
Em 2016, o Ministério da Saúde registrou 25.218 casos novos da doença no país, o que significa uma taxa de detecção de 12,23 casos novos para cada 100 mil habitantes. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil está entre os três países com grandes populações (juntamente com Índia e Indonésia) que notificam mais de 10 mil novos pacientes anualmente. Juntos, esses três países representam 81% dos pacientes recém-diagnosticados e notificados no mundo.
Do total de novos casos no Brasil em 2016, 72,3% são muiltibacilares (ou seja, 18.224 pessoas), o que indica atraso na detecção da doença. Outro número que preocupa é a ocorrência de novos casos entre menores de 15 anos, que em 2016 ficou em 1.696. A detecção de casos entre crianças indica a continuação da presença de pacientes não detectados.
Hanseníase tem cura!
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