Morhan Nacional:

Tocantins é o segundo estado do país em prevalência de hanseníase Carreta da Saúde, unidade móvel de diagnóstico imediato da doença, permanece no Estado no mês de abril Segundo levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde no último mês de janeiro, Tocantins ocupa o segundo lugar no ranking dos estados com maior prevalência de hanseníase, com seis casos da doença para cada 10 mil habitantes. Com o objetivo de reverter esse quadro, a Carreta da Saúde, unidade móvel que promove diagnóstico e prevenção da doença, já esteve nas cidades de Augustinópolis, Colinas e Araguaína em 2011 e elegeu Tocantins para dar inicio as atividades de 2012, passando no mês de março por Miranorte, Brejinho, Lagoa da Confusão, Arraias e Novo Alegre. Em abril, a iniciativa – uma parceria da Novartis com o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) – permanece no Estado e chega aos municípios de Dianópolis, Almas e Natividade. “O diagnóstico precoce é fundamental para que o tratamento – gratuito e disponível no SUS – seja realizado com sucesso, evitando a transmissão da doença para outras pessoas e a ocorrência de seqüelas”, ressalta o coordenador nacional do Morhan, Artur Custódio. Segundo ele, a informação é a melhor estratégia para reduzir a incidência da hanseníase na população brasileira e combater o preconceito que ainda envolve a doença. “Apesar de a hanseníase ter elevados índices de cura, o Brasil ainda é o primeiro país no ranking mundial de prevalência da doença. Esta triste realidade é fortemente influenciada pelo preconceito, que afasta pacientes do diagnóstico e das unidades de saúde. Por isso, a informação é o melhor remédio”, avalia. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 47 mil novos casos de hanseníase são identificados no país a cada ano – 8% deles em menores de 15 anos. Sobre a hanseníase O que é hanseníase? A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae e pode ser paucibacilar (PB) – quando o paciente apresenta de uma a cinco manchas pelo corpo – ou multibacilar (MB) – quando são encontradas mais de cinco manchas. Quando são paucibacilares, os pacientes não transmitem a doença. Os multibacilares sem tratamento, porém, podem transmitir o bacilo através das secreções nasais ou saliva. Pacientes em tratamento regular e pessoas que já receberam alta não transmitem a doença. O período de incubação, da infecção à manifestação da doença, tem duração média de três anos e a evolução do quadro clínico depende do sistema imunológico do paciente. Por essa característica, a hanseníase é mais comum em populações de baixa renda, desprovidas de condições adequadas de moradia, trabalho e transporte que tendem a contribuir para a disseminação do bacilo da doença para um número maior de pessoas. Sintomas Manchas brancas ou avermelhadas sem sensibilidade para frio, calor, dor e tato; Sensação de formigamento, dormência ou fisgadas; Aparecimento de caroços e placas pelo corpo; Dor nos nervos dos braços, mãos, pernas e pés; Diminuição da força muscular. Diagnóstico A identificação da doença é essencialmente clínica, feita a partir da observação da pele, de nervos periféricos e da história epidemiológica. Excepcionalmente são necessários exames laboratoriais complementares, como a baciloscopia ou biópsia cutânea. Tratamento A hanseníase tem cura e quando tratada em fase inicial não causa deformidades. O tratamento, denominado poliquimioterapia (PQT), é gratuito, administrado via oral e está disponível em unidades públicas de saúde de todo o Brasil. Para pacientes que apresentam a forma paucibacilar (PB) da doença, a duração do tratamento é de seis meses e para os que apresentam a forma multibacilar (MB), o tratamento dura um ano. Concluído o tratamento com regularidade, o paciente recebe alta e é considerado curado. Dados do Ministério da Saúde sobre a incidência da doença no país estão disponíveis em http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?idtxt=31200. SERVIÇO: Carreta da Saúde em Tocantins – Abril de 2012 Dianópolis De 09 a 13 de abril Dias 09, 10 e 11 na Rua Onze, ao lado do Posto de Saúde (Nova Cidade) Dias 12 e 13 em Santa Luzia, ao lado do Posto de Saúde Almas De 16 a 20 de abril Avenida São Sebastião/ Praça São Miguel De 8h às 17h Natividade De 23 a 27 de abril Rua Filadelfo Nunes, s/n – Centro De 7h às 17h
Compartilhe: